quinta-feira, 11 de setembro de 2008

E o mundo acaba-se na colisão dos prótons

Aqueles caras importantes da alta cúpula da ciência têm trabalhado muito nos últimos dias. Há quem diga que o esforço é natural, afinal, destruir o planeta não é tarefa fácil. Para muitos, esse tal de LHC é a chave para tornar reais nossos piores pesadelos e criar um belíssimo buraco negro no centro da Terra, que nos engolirá suavemente de baixo para cima e nos reduzirá a seja-lá-o-que-for que os cientistas chamam às coisas que são engolidas por buracos negros.

Tirando a paranóia envolvida, vem a questão do
porquê. Porquê? Bom, os caras querem recriar o Big Bang, em menor escala, e ver como a matéria surgiu. Simples assim. De onde viemos, para onde vamos, e por aí vai. Coisa de cientista. O intento vai consistir em colidir dois prótons à velocidade próxima à da luz, gerando uma quantidade de calor equivalente a 100.000 vezes a do núcleo do Sol e liberando uma penca de partículas marotas dentro da enorme batedeira de 27 Km de diâmetro. As partículas serão rastreadas e dados precisos de seus deslocamentos serão registrados e analisados por computadores que rodam Crysis no máximo, e com folga!

É nessa hora, em que os prótons colidem, que os mais pessimistas (ou realistas, como queiram) dizem que surge o buraco negro. A gravidade o atrairia para o centro do Terra e o descrito no primeiro parágrafo se tornaria verdadeiro. Eu, sinceramente, não acredito nisso. Todo mundo sabe que o máximo que pode ocorrer num experimento desses é abrirmos um portal para uma dimensão paralela e alguns monstros invadirem o nosso plano. Ninguém aqui jogou Half-Life não?

Apesar de tudo, estou otimista. Os testes tiveram início ontem. Dia 21 haverá a primeira colisão de Prótons. Claro, existe sempre a possibilidade de que o homem, na sua infinita capacidade de progredir rumo à própria e infeliz desgraça, acabe criando a famosa máquina do apocalipse, igual ao Doutor Octopus no Spider-Man 2, só que sem emo-heróis de roupas colantes pra nos salvar. Mas tudo isso é altamente improvável.

Ainda assim, só por via das dúvidas, durmamos com nossos pé-de-cabras sob o travesseiro.

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