sexta-feira, 28 de março de 2008

PSP no OQQVCEVCSEL

Vez por outra eu tenho a ilusão de que alguém entra no blog e aí vou dar uma olhada nas estatísticas do Google Analytics. Eis que, observando a lista de browsers que geraram acessos à página, me deparo com ISTO. Uma visita através do Playstation Portable, vulgo PSP! Pessoas acessam meu blog através de seus consoles portáteis! Fiquei emocionado. Por um momento, esqueci a total angústia de manter um blog que é um completo fracasso em quantidade de acessos. Uma lágrima escorreu de canto de olho e percebi que tudo que eu tinha feito até aqui tinha valido à pena.

Tá, fresquei. Mas que foi legal que só, isso foi.

Outra coisa que me deixou meio cismado foram as palavras-chave que ocasionalmente fizeram as pessoas caírem por aqui. Dentre elas, cito:

  • "fotos da hinata pelada" - Teria algo a ver com isso?

  • "link do vídeo do mario que pegou atrás do armario" - Melhor nem perguntar o que ele pegou...

  • "o pingulim saiu fora" - Então talvez você deva pôr pra dentro, depressa.

  • "www.filme de sacanagem.com alexandre frota" - Isso, com certeza, você não vai encontrar aqui!

  • Não é de se espantar. Tosquice atrai tosquice.

    Ok. Quero só terminar agradecendo às 11 pessoas que acessaram o blog ontem. É por vocês que eu continuo perdendo meu tempo aqui, apesar de eu achar que pelo menos 3 ou 4 dessas pessoas sejam eu mesmo.

    Um ótimo final de semana e inté!

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    Em tempo: OQQVCEVCSEL são as iniciais de "Onde Quer Que VoCê Esteja, VoCê Sempre Estará Lá". Já tinha percebido? Então, foi mal...

    Rom check fail!

    O site The Independent Gaming Source (um blog onde diversos desenvolvedores autônomos de jogos divulgam suas experiências) lançou um desafio interessante: criou um gerador aleatório de nomes de games e deu um mês para que eles produzissem um jogo com aquele título. As criações foram as mais bizarras possíveis e o resultado você vê clicando aqui.

    Dentre as criações, uma especialmente maluca me chamou a atenção e a do pessoal da comunidade EGM Brasil no Orkut: ROM Check Fail! Basicamente uma homenagem aos games old school, aos emuladores e às roms bugadas que todos já baixamos na internet. Criativo, simples e toscamente bem feito. Vale a pena baixar (são menos de 3MB) e experimentar esta descompromissada viagem através dos grandes clássicos que marcaram as lembranças e os corações de muitos.


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    Clique aqui (ou aqui) para baixar Rom check fail! Apenas 2,6MB em troca de alguns momentos de diversão e nostalgia.

    quinta-feira, 27 de março de 2008

    Real Mario & Real Homer


    Clique nas imagens acima para vê-las em tamanho ampliado. A idéia foi do blog americano Pixeloo.

    O Mario até que ficou normal, mas o Homer é assustador.

    terça-feira, 25 de março de 2008

    Jogos longos, vida curta

    Finalmente terminei Dragon Quest VIII. Foram 92 horas. NOVENTA E DUAS! Pôrra, jogo longo da pôrra! O único jogo que eu levei mais tempo foi Final Fantasy XII, com 99 horas(!). E o que ganhei com isso? Nada. Passei quase quatro dias ininterruptos da minha vida na frente de uma TV e perdendo meu tempo, enquanto deveria estar assistindo algum BBB ou coisa do gênero. Mas não é disso que eu quero falar, afinal. O que importa é: o que eu tirei dessas noventa e duas horas de jogo que tenham rendido algum proveito?

    Dragon Quest VIII é um RPG recente, mas que bebe de uma fonte bem velha. Definitivamente, ele respira o mesmo ar dos clássicos RPGs dos tempos do NES/SNES. Batalhas em turnos, níveis de experiência e avanço de level, magias e consumo de MP, navegação em "world maps" que dão acesso às cidades (sendo que os world maps estão numa escala bem mais acreditável do que nos tempos de FFVIII, por exemplo), batalhas aleatórias, baús, monstros que deixam dinheiro e itens quando mortos... As semelhanças são muitas. Seguindo o sentido completamente oposto de FFXII e mantendo a fórmula clássica inalterada, DQVIII encontrou seu próprio espaço e provou que um bom RPG não precisa criar nada incrível, mas tem que focar no que realmente importa: um bom enredo e personagens carismáticos - afinal, o resto já funcionava muito bem.

    Mas, logicamente, coisas mudaram. A começar pela belíssima trilha sonora orquestrada que, sozinha, já é capaz de conquistar qualquer um, amante de games ou não. Apesar de se tornar meio repetitiva pela "pouca" variedade de canções, cada uma delas é uma obra prima da qual dificilmente dá pra enjoar, variando da calmaria de uma vila pequena por onde o grupo passa a procura de abrigo à noite, à majestade dos grandes reinos com seus imponentes castelos e à tensão dos combates contra os poderosos inimigos. A imersão se torna natural, tão claramente como o protagonista sem nome representa você mesmo no mundo do jogo.

    O outro ponto que torna DQVIII tão especial são seus belos gráficos em cel-shading que lembram claramente um desenho animado. Tal detalhe aliado ao fato de que o design dos personagens se deve à Akira Toriyama (o criador e desenhista da série Dragon Ball) torna este um dos mais belos jogos de RPG já lançados para PS2. Design este, por sinal, que não busca o realismo ou a perfeição, mas a caricatura, o cartunizado. Os monstros, na sua maioria, não foram criados para causar medo, mas para fazer rir. Os personagens são belos e bem detalhados, apesar de os antagonistas terem seus modelos reaproveitados na grande maioria das cidades - uma forma rápida de povoar o mundo do jogo. Bunny girls, soldados templários, videntes, padres... Cada um destes "amontoados de polígonos" são capazes de causar algum nível de empatia com o jogador, e você não precisa se sentir culpado ou desconfortável por isso.

    E no que se refere ao enredo, as coisas começam meio despretensiosas no começo, mas basta você chegar na primeira cidade e começar a ouvir as pessoas e suas histórias e perceberá que tudo ali está realmente vivo. Aí, já será tarde demais: o jogo fisgou você. A partir daqui, como todo bom herói, você vai procurar ouvir as pessoas e descobrir do que elas precisam, e fazer a diferença naquele lugar, seja matando um monstro que aterroriza a vila, resgatando um velho rei de sua angústia eterna ou mesmo, como não poderia deixar de ser, salvando o mundo em uma batalha derradeira e épica. São 92 horas de jogo que certamente te deixarão com muitas boas histórias pra contar - algumas engraçadas, algumas felizes e outras tristes também, mas boas.

    Complementando o que já é perfeito, adicione um sistema de navegação bem claro, mas que valoriza um pouco mais a exploração do que a objetividade, controles precisos e menus bem construídos, minigames e sidequests não-obrigatórios (mas que provavelmente te farão perder - mais - um tempinho) e um monte de recompensas para aqueles que se dedicarem a descobrir todos os segredos deste enorme mundo de magia. Um dos defeitos menores talvez seja a dublagem meia boca que alguns personagens receberam na versão ocidental do game, mas outras conseguem ser tão boas que compensam o conjunto. Um jogo obrigatório, especialmente para os amantes dos RPGs. Pena que ainda haja gente que acha que videogame é (só) coisa de criança.


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    Veja a abertura do jogo no YouTube clicando aqui.

    I'm back!

    Mais de um mês sem postar, estou de volta. Não trago revoluções, novidades ou qualquer coisa do tipo. Nenhum post incrível para marcar meu retorno, justificativas honrosas ou aventuras incríveis. Enfim, este post poderia passar totalmente invisível e isso não faria nenhuma diferença.

    Mas eu tô aqui.

    Inté!