terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Zeebo: esperança nacional

A notícia não é mais nenhuma novidade. Minha falta de assiduidade neste blog é o motivo de minha demora, mas a intenção não é trazer a notícia fresquinha. Pra isso existem os sites especializados. Aqui é o meu espaço pra opinar e especular, falar o que penso. Enfim, quem manda nessa josta(*) sou eu!

Há algum tempo eu falei sobre a possível fabricação do PlayStation 2 no país. Já está mais do que confirmado: ano que vem deveremos estar comprando PS2s Made in Brazil, direto da Zona Franca de Manaus, com garantia nacional e manual em português. Agora, a TecToy anuncia oficialmente seu console, o Zeebo. Segundo a empresa, o console contará com uma qualidade gráfica comparável à "alguma coisa entre um PlayStation 1 e um PlayStation 2" e não possuirá qualquer entrada para CD/DVD ou cartuchos. Ao invés disso, a TecToy realizará uma parceria com a operadora de telefonia Claro e utilizará a rede 3G para compra de jogos via download, que custarão entre e R$ 9,90 e R$29,90. Várias empresas já ofereceram suporte à marca, incluindo a Sega, Namco e Capcom.

E agora? Será que vai? Sinceramente, eu torço para que sim. Tudo leva a crer que a partir da metade do ano de 2009 teremos uma bela mexida no mercado de entretenimento eletrônico no país. Se eu tivesse que fazer uma previsão, seria a seguinte:

Até onde eu sei, a TecToy foi pega completamente de surpresa com a chegada do PS2 nacional, e isso certamente vai atrapalhar o esquema de negócios deles, mas não chegará a causar um impacto tão grande. O motivo é simples. O preço do PS2 nacional será pouco diferente daquele já praticado atualmente no mercado cinza. Claro, existe a garantia, e isso é um diferencial, mas a garantia não vai cobrir consoles com modchips. No fim das contas, tudo na mesma. O Zeebo, provavelmente, vai chegar com um preço maior que o concorrente da Sony, e é aí que mora o perigo. Os preços dos jogos, por outro lado, serão perfeitamente compatíveis com a realidade do país, o que atrairá uma parte dos consumidores que abominam a pirataria, prática esta que será eliminada (ou não), graças à distribuição digital via 3G. Assim, o sucesso ou fracasso do Zeebo vai depender basicamente de três coisas: 1 - Marketing. Se o produto for divulgado amplamente e o nome for gravado no cérebro dos pais e crianças através de todos os meios de comunicação, pode ser que a TecToy supere a força da marca PlayStation no país; 2 - Jogos. Bons títulos e variedade suficiente de jogos no lançamento serão imprescindíveis. Sabe-se que três já virão na memória e mais três estarão disponíveis para download grátis, entre eles Quake, além de inúmeros outros disponíveis para compra via download; 3 - Qualidade do Serviço. Falta de cobertura 3G em algumas regiões do país e problemas com conexão podem ser fatores negativos para a popularização do produto no Brasil.

Eu torço para que tudo dê certo, tanto para a TecToy como para a Sony, pois há lugar para todos, mas não posso deixar de mostrar minha predileção pelo novato Zeebo e sua proposta inovadora. Sinceramente, não gostei nada do design do aparelho e nem do joystick, mas as possibilidades para o futuro são muitas. O primeiro console com serviço online fabricado no país é, com certeza, algo a se respeitar. Quem garante que o Zeebo 2 não permitirá multiplayer online e gráficos ainda melhores?

Agora é esperar pra ver.

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(*) josta = bosta