quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Previously, on LOST

Amanhã estréia a quarta temporada de LOST na ABC. Só quem acompanha a série e viu as três temporadas passadas sabe como este acontecimento é importante para a manutenção da estrutura cósmica do continuum espaço-tempo - e mais ainda, pela conclusão excepcionalmente ultra-foda da terceira temporada. Como sempre, muitas interrogações que (esperamos) serão resolvidas e outras tantas (ou até mais) que serão geradas.

Pra quem não conhece ainda a série, seja por não dormir depois das duas da manhã vendo a globo, não ter tv à cabo ou internet em casa pra baixar um belo torrent, certamente fica meio difícil começar a gostar ou mesmo entender alguma coisa. Nós que acompanhamos às vezes também não conseguimos entender. De qualquer forma, alguém fez esse vídeo que resume tudo que ocorreu até agora em oito minutos e quinze segundos. Não ajuda porra nenhuma pra quem ainda não assistiu (na verdade, acho que até piora), mas vale muito a pena pela narração divertida e ótima montagem.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Meu nome não é Johnny

Até onde isso pode ser possível, o cinema nacional está passando por uma boa fase. Apesar dos lançamentos mais fracos, a frequência com que damos de cara com alguma coisa respeitável está aumentando bastante, como pode ser visto agora com o lançamento de "Meu Nome não é Johnny", baseado no livro com o mesmo nome. O filme, que é baseado em fatos reais, conta a história de João Guilherme Estrella, um jovem de classe média-alta que se perde no mundo das drogas e passa a viver perigosa e irresponsavelmente através da venda de cocaína na cidade do Rio de Janeiro.

Existem alguns pontos que me chamaram a atenção neste filme, e que o diferem de outros tantos filmes brasileiros que usam a violência e as drogas como foco principal: primeiro, o bandido não é tratado com idolatrismo. Claro, a interpretação de Selton Mello cativa, como em todos os trabalhos com que se envolve. Ainda assim, isso não nos impede de reprovar as atitudes de sua personagem, apesar de a maioria delas serem mais por ingenuidade de uma mente jovem do que por maldade ou malícia, por assim dizer. Este pensamento talvez seja até mais prejudicial do que a idéia do idolatrismo, pois neste caso o criminoso passa a ser a vítima, o que não deixa de ser verdade sob um ponto de vista estritamente sócio-econômico (apesar de não ser este o caso). De qualquer forma, o filme lança muitas destas questões, d'onde geralmente muito se discute e pouco ou nada se conclui.

Em segundo lugar, é um filme bem light. Nada de palavrões despejados a torto e a direito, nada de sangue espichado nas paredes ou projéteis zunindo na sua orelha. Pra falar a verdade, temos um filme bastante divertido, por vezes engraçado e (excetuando-se as cenas onde a galera tá na maior lombra) livre para todas as idades. Com um humor sutil e bastante eficiente, Selton Mello e boa parte do elenco conseguem roubar boas risadas do público, com destaque para a velhinha vendedora de ambrosia e o maluco da prisão. Apesar disso, não se trata exatamente de uma comédia, apesar de alguns de seus melhores momentos o serem.

Em terceiro lugar, (atenção - spoiler: arraste o mouse sobre parágrafo para conseguir ler) um final feliz. Tudo acaba bem, todo mundo acaba bem e, se não me falha a memória, ninguém morre no final. Maravilhoso. Só o colega lá que perde a namorada, mas no mais, beleza. Claro, falar assim é ser indelicado, pois a verdade é que eu nunca quero e nem desejo que ninguém passe pelos maus bocados que o protagonista teve de passar. O tom de graça que o filme passa apenas atenua uma situação pela qual muitos acabam mergulhando sem sequer perceber. A situação social do personagem ajuda (muito) para que tudo acabe como acabou. Nem todos têm a mesma sorte.

No fim, temos um ótimo filme, divertido e em alguns momentos emocionante, que nos faz lembrar que a vida é curta e deve ser bem vivida, mas que mostra o quanto a falta de limites pode destruir até mesmo um jovem que tinha todos os recursos e a estrutura necessários para ter sucesso, além do valor inestimável de uma segunda chance para acertar.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Counter-Strike e Everquest proibidos (?)

Ontem foi exibida uma matéria no Jornal da Globo com relação à proibição dos jogos Counter-Strike e Everquest em território brasileiro. Achei-a sensacionalista e altamente parcial, visto que apenas a face negra da moeda foi mostrada. Considerar que jogos violentos induzem atos violentos é uma afirmação extremamente precipitada, uma vez que nem mesmo nos EUA, onde os games são infinitamente mais populares do que aqui e as pesquisas na área da psicologia são muito mais freqüentes sob esse aspecto, foi descoberta qualquer relação entre a violência virtual e o comportamento dos jogadores.

A atitude do governo foi incorreta e até ingênua, pois o jogo Counter-Strike é vendido pela Valve, sua desenvolvedora, via download através de seu software Steam, o que não impedirá a comercialização do mesmo. Além disso, proibir só agora um jogo que já faz sucesso desde 1999 parece completamente irracional para mim. Nos Estados Unidos os jogos considerados inadequados para menores recebem selo de classificação. Lá, todos têm o direito de optar pelo conteúdo que desejam consumir, como indivíduos conscientes e responsáveis pelos seus próprios atos. Aqui, nossos governantes decidem o que você pode ou não fazer.

Onde isso vai levar? Simples: quem já conhecia e não jogava há muito tempo vai voltar a jogar, pra matar a saudade. Quem não conhecia vai baixar na internet, ou chegar no camelô e pedir "aquele jogo proibido". O resultado acaba sendo exatamente o oposto, e de quebra o governo ainda deixa de lucrar com a comercialização (legal) do produto no país. Todo mundo perde. Não que isso mude muita coisa, afinal, pois não vai ser dessa vez que o clássico CS vai sumir das lan-houses tupiniquins. Enquanto isso, tem gente matando gente na vida real e ninguém tá nem aí.

Acho que precisamos rever nossas prioridades.

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Edit [24/01/2008] - Aparentemente a emissora sentiu um peso na consciência e gravou uma nova reportagem com um cunho mais jornalístico e menos sensacionalista. Cliquem aqui para ver.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eu sou a lenda

Mais um fim de semana, e eis que resolvo ir ao Iguatemi conferir algum filme do qual tenha ouvido falar (bem), por dois motivos básicos: primeiro, pra tirar minhas próprias conclusões sobre a película; e segundo, porquê não tinha nada melhor pra fazer mesmo. Como eu tinha ouvido falar (bem) de "Eu Sou a Lenda", que estreou na última sexta, resolvi dar uma olhada. Inicialmente eu ia ver "Meu Nome não é Johnny", mas... confesso: o poder de Hollywood foi mais forte.

Já assistiu "O Náufrago"? Ok. Tira o Tom Hanks e põe o Will Smith no lugar. Agora troca a ilha por uma Nova York totalmente deserta, sem uma alma viva até onde a vista alcança. Conseguiu? A grosso modo, isto é "Eu Sou a Lenda", o que não quer dizer que o filme seja uma cópia. Longe disso. Eu fiz essa comparação tosca só pra ilustrar o que o filme me fez lembrar enquanto o assistia. Tem até um substituto pro Sr. Wilson! No fim, porém, temos uma boa obra, com identidade própria e um enredo bem-amarrado, como tentarei mostrar a seguir. Eu não farei spoilers. No máximo, contarei alguma coisa básica do que pode ser visto no trailer, e só.

A história toda se baseia num vírus que dizimou todos os seres humanos da face da Terra. Todos, com exceção de um homem: o doutor Robert Neville, que por algum motivo sobreviveu e possui imunidade ao vírus. Aliás, "dizimar" não é bem a palavra correta. Alguns sobreviveram, mas sofreram mutações e tornaram-se criaturas irracionais e com instintos selvagens. Pode parecer um roteiro forçado para render boas cenas de ação (e alguns milhões de bilheteria), mas não o é. Os pontos aparentemente absurdos possuem boas explicações científicas (e não tão distantes da realidade), mas não vou entrar em detalhes porquê, aí sim, eu estaria spoilando. Na verdade, o filme fica muito mais no suspense do que na ação, o que não é exatamente ruim. As cenas de ação então, quando chegam, prendem e empolgam, especialmente na telona.

O cenário pós-apocalíptico criado em volta da (extinta) civilização moderna serve de pano de fundo para um filme que consegue ser dramático, tenso e emocionante, tudo no seu devido tempo e sem deixá-lo entediado em nenhum momento. Também nos faz parar pra pensar nos avanços exagerados da ciência, especialmente na área da genética, e quais poderiam ser as consequências destes avanços quando feitos sem medir seus devidos riscos. Ao ouvir a expressão "Meu Deus", o Dr. Robert Neville responde, com grande ênfase: "Não foi ele quem fez isso. Fomos nós".


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Ah, sim! Assistam "Meu nome não é Johnny". É um bom filme, apesar de eu ainda não ter visto. Vale a pena (ou não).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Tales of swords and lightsabers

Já pipocou em tudo quanto é site e blog por aí, mas de qualquer forma, já é fato que Darth Vader e Mestre Yoda estarão em Soul Calibur IV, inicialmente previsto para PS3 e XBOX 360. Não é de hoje que a série convida personagens de outros jogos (ou mesmo de outras mídias) para participar de uma pancadaria saudável e sem compromisso: já tivemos a aparição do Link da série Zelda, do Spawn (o soldado do inferno das HQs) e do Heihachi da série Tekken. Rumores indicam que Mestre Yoda será exclusivo da versão do console da Microsoft, e que Darth Vader estará disponível apenas na versão da Sony, o que, se for verdade, será uma das maiores idiotices já vistas na história dos games.

De qualquer forma, isso me faz pensar: qualquer um dos dois será mais apelativo que o Zasalamel - afinal, um sabre de luz pode cortar a espada do Nightmare ou o mega-machado do Astaroth como faca corta manteiga, e se não estiverem muito a fim de se esforçar, usam a força e jogam o oponente pra fora do ringue. Mole, mole.

Acho que a galera da Bandai/Namco já tá exagerando um pouco nos convidados da série... Mas vai ser irado assim mesmo!

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Assistam o trailer com o nanico verde e o enlatado negro clicando aqui. O link é do Gametrailers, e lá você ainda pode assistir em alta qualidade - escolha a opção HD.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Monster

Eu não sou um aficionado e nem um profundo conhecedor de animes. Não gosto de Tokusatsu, nem de Cavaleiros do Zodíaco, mas eu definitivamente sei que não há ninguém no mundo que consiga desenvolver um roteiro melhor do que um japonês. Monster é uma prova cabal disso.

Monster é um anime adulto, denso e pesado. Seu foco é claramente psicológico. Ele aborda questões fundamentais como a vida e a morte de forma surpreendente. Para ilustrar isso, pensem num filme do Stallone/Schwarzenegger/Damme/Norris. São centenas de mortos por segundo. Ninguém se importa, certo? Errado. É claro que alguém se importa. No mundo real, a morte não é tolerável. As pessoas podem até conviver com ela, mas isso não quer dizer que elas sejam descartáveis. Alguém sempre se importa com alguém.

E matar? Os brucutus dos filmes de ação matam sem hesitar. Atiram sem piedade. Destroem seus inimigos das formas mais brutais e criativas que se possa imaginar. Mas e você? Mataria alguém? E se a sua vida dependesse disso? Faria a sua própria justiça? E se a resposta for um sim, de que forma isso o afetaria? Que tipo de pensamento surgiria em sua mente deste dia em diante? Conseguiria dormir tranqüilo? Começaria a ver fantasmas? Viveria o resto da vida em penitência?

Este deve ser o post mais cheio de interrogações que eu já escrevi aqui. O que eu realmente quero dizer é que, apesar de todos nós acharmos que já sabemos a resposta de todas estas perguntas, a verdade é que a vida real é bem mais complicada. Complicada porquê existem emoções envolvidas, e não se pode prever emoções. Não se pode prever a hesitação, a dúvida, o medo, a ansiedade, a raiva. Elas afetam seu raciocínio lógico, sua noção exata do mundo. Elas te prendem num ponto único e te mandam decidir rapidamente e sob forte pressão.

É por isso que este anime é tão bom. Ele me faz pensar nestas coisas todas. Me mostra o interior da mente das pessoas. Me conquista a cada nova personagem inserida na história. Me intriga em tentar descobrir, apesar disso tudo, quem é quem, afinal. E me faz descobrir que, mesmo naqueles que aparentam a maior beleza, pode existir um monstro.

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Aqui no Brasil? Você pode comprar o mangá, publicado pela Conrad. O anime? Só baixando, meu filho. Clicando aqui você tem todos os episódios em mkv, mas clicando AQUI você tem todos em torrent com alta qualidade e formato divX (necessita de cadastro). Maravilha!

Como prévia, assista a abertura no YouTube clicando aqui.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Momentos reais do mundo dos games (?)

Imagine um bando de caras malucos que revivem momentos inesquecíveis dos jogos eletrônicos nas ruas dos Estados Unidos. Imaginou? Então veja o vídeo acima e confirme. Os responsáveis são os caras do Mega64 - basicamente, os Jackasses do universo dos games.

Vale a pena também olhar esse, esse e esse.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Waterlollies

Mais uma bela animação da série Bitey of Brackenwood. Já a mencionei aqui uma vez, mas na época este novo episódio ainda não havia sido lançado. O que realmente me encanta nestas belíssimas animações em flash é a beleza dos cenários e toda a magia que o autor consegue transmitir através de seus personagens divertidos e envoltos nesta nuvem de fantasia, da qual é impossível sair ileso. Como se tudo isso ainda não bastasse, uma bela trilha sonora dá o último toque de encanto para esta belíssima obra de arte.

Você pode assistir com qualidade superior e em flash clicando aqui (clique em "watch this movie"). O resto da série você pode (e deve) assistir clicando aqui.

Um bom final de semana para todos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Só pode ser sacanagem!

1 - Entre no tradutor de idiomas do Google.
2 - Selecione Inglês para Português.
3 - Digite "nintendo wii" (sem as aspas) no campo de tradução.
4 - Clique no botão "traduzir".
5 - Fique espantado.

Eu não tenho certeza, mas estou com a impressão de que alguém será processado por isso.


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Se alguém já corrigiu a sacanagem e a parada não funcionou mais, veja um printscreen aqui.

Investigação Criminal - F*cK the SySt3M

Eu sei que eu disse que teríamos episódio inédito da Radionovela Tosca de Comédia Insana Investigativa na primeira semana do ano, mas eu menti. Quer dizer, tecnicamente ainda não menti, pois ainda estamos na primeira semana do mês, mas aquela frase se tornará falsa à meia-noite do próximo sábado. A série, no entanto, continuará... em breve... eu acho.

Com isso, cheguei à uma conclusão bem razoável quanto à promessas: melhor não fazê-las. Desta forma, me resguardo da possibilidade de não cumprí-las. Lição muito útil, a qual seguirei neste blog. Não prometo que estará no ar depois do feriado de carnaval, mas pode ser que esteja. Também não prometo postar mais nada hoje, nem amanhã. Pra falar a verdade, não prometo que este blog ainda esteja no ar semana que vem, mas do jeito que este mundo anda, quem sabe?

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PS.: O motivo da falta do episódio se deve desta vez à greve dos sonoplastas do Vale do Jaguaribe. Entendeu? Esquece...