quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Porquê um Nintendo DS?

Praticamente um mês sem postar... Não por falta de assunto ou de criatividade, mas por preguiça mesmo, e não me envergonho de assumir isso. Durante este tempo ausente conclui a trilogia de quatro livros do "Guia do Mochileiro das Galáxias" e (o mais importante) comprei um Nintendo DS Lite, motivo principal deste post.

Na verdade, para ser mais preciso, venho neste post expôr a minha opinião à respeito de uma questão que possivelmente aflige muitos gamers interessados em adquirir um portátil da atual geração. Tanto o PlayStation Portable da Sony como o Nintendo DS da Nintendo possuem pontos fortes e fracos, o que realmente dificulta a escolha de uma ou outra plataforma. Eu fiquei em dúvida, mas acredito que fiz a melhor escolha possível dentro das minhas preferências e interesses. Para expôr estes pontos, vou tentar comparar nas linhas seguintes os dois consoles, dentro dos critérios que julgo importantes para um jogador.

Gráficos: Este, é provavelmente, o primeiro item que surge na cabeça de muita gente. E sem muito rodeio eu já digo de cara: o PSP é supremo nesse quesito. Com um hardware mais violento e uma tela widescreen bem grande para um portátil, os jogos do PSP são visualmente deslumbrantes e se equiparam aos jogos do PlayStation 2.

O DS, por outro lado, concorre com um hardware mais modesto, mas que pode surpreender em certos momentos. Ainda assim, é ilusão achar que vai encontrar algo visualmente surpreendente em 3D no portátil da Nintendo. Isso pra mim nunca foi e nem será um problema. Vivi a era ATARI e sei que um bom jogo independe da resolução da tela ou da contagem de polígonos. Além disso, o DS possui muitos jogos 2D ótimos. Eu sou um cara nostálgico e sempre acharei que o 2D tem um charme especial, difícil de encontrar nos jogos 3D. Mas não me entendam mal! Os gráficos 3D do DS não são toscos, mas é obviamente injusto comparar com o seu rival da Sony. Jogos como "The Legend of Zelda: The Phantom Hourglass" e "Metroid Prime: Hunters" possuem qualidade visual caprichada, dentro dos padrões Nintendo.

Recursos: É aqui que você vai começar a entender minha decisão. Em relação ao PSP, o ponto forte são os recursos multimídia. Ouvir MP3, assistir vídeos e visualizar imagens no PSP é simples e está à um Memory Stick de distância. A Sony já é veterana no ramo e sabe como fazer a coisa. Infelizmente, para mim, isso pouco importa. O que eu quero é um console portátil, para jogar. Todo o resto eu posso fazer em casa no DVD e com uma tela bem maior.

E o que falar do DS? Pode parecer puxa-saquismo, mas aqui eu tenho que bradar que o DS está bem à frente. Pra começar, o portátil tem duas telas (DS significa Dual Screen), e como se isso ainda não bastasse, a tela de baixo é sensível ao toque, como as telas de Palms. O quê isso significa? Significa a reinvenção da forma de se jogar games. Além dos botões, o jogador pode comandar o game pela tela de toque, e aí as possibilidades são infinitas. O limite é a criatividade das softhouses, o que ao que tudo indica, não vai acabar tão cedo. Para completar, o console ainda tem um microfone, o que permite interação sonora com o jogo e reconhecimento de voz. Um console inovador, sem dúvidas.

Jogos: Este é um ponto crucial e com um peso enorme no conjunto. De nada adianta ser inovador ou robusto se não temos bons games para jogar. De uma forma geral, cada console visa um público bem específico quando se compara os títulos de uma e de outra plataforma. Os games do PSP possuem um apelo mais ocidental, com jogos longos, capricho no aspecto visual e fórmulas já conhecidas dos consoles grandes. Jogos de ação, FPSs/TPSs e jogos de esportes estão lá aos montes, tal qual no PS2 (que ainda recebe lançamentos, mesmo estando virtualmente na geração passada), PS3 ou X-BOX 360. Franquias exclusivas de peso marcam presença, como "Metal Gear Solid: Portable Ops" e "God of War: Chains of Olimpus", mas não vai muito mais longe que isso. Na minha opinião, o PSP é um PS2 compacto, e a última coisa que eu queria era comprar um portátil para jogar mais do mesmo.

O DS pode ser qualquer coisa, mas ele com certeza não é um Déjà vu de bolso. A grande maioria dos jogos utiliza os recursos de interatividade do portátil com uma criatividade magistral, criando fórmulas mágicas e viciantes, impossíveis de se alcançar no simples apertar de botões. Além disso, os games do DS vão além de simples games. "Brain Age" te torna um indivíduo mais esperto, enquanto "Jam Sessions" lhe permite tocar, gravar e até compor suas próprias canções. Sem contar, claro, "New Super Mario Bros.", "Mario Kart DS", Metroids, Zeldas, Pokémons e todas as outras franquias exclusivas e amadas da Nintendo. As third-parties também não fazem feio e colaboram com as séries Phoenix Wright, Castlevania, Final Fantasy, dezenas de puzzles viciantes e toneladas de remakes de clássicos reformulados, como "Space Invaders Extreme" e "Tetris DS".

E é isso. Não duvidei da minha escolha. Pelo contrário, reafirmo-a cada vez mais a cada novo jogo que eu tenho a oportunidade de desfrutar. Mesmo assim, ainda vou pegar um PSP, só que bem lá na frente, porquê agora ele não está me fazendo nenhuma falta.