quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Jogos que marcaram minha vida #01 - ATARI

Quando eu era pivete, pra minha felicidade, meu pai tinha um ATARI 2600 e um monte de jogos. Aquela foi, certamente, a semente que me tornou o monstro que eu sou hoje. Eram bons tempos aqueles, e apenas uma alavanca e um botão eram tudo que um joystick precisava. Analógicos? O que é isso???
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10º posição - Oink!

Na época, eu chamava esse de "Os Três Porquinhos", por motivos óbvios. O lobo filho da puta vinha pra soprar a casa, derrubando os tijolos. O porquinho, no caso você, tinha que pegar os tijolos e recontruir o muro para impedir o maldito de invadir o lugar e te comer inteiro. O som do sopro do lobo, misturado com as notas musicais emitidas quando você recolocava um tijolo no lugar, criavam um ritmo quase sinestésico. Se perdesse uma vez, o porquinho fugia e você tinha que jogar com outro dos irmãos. E felizmente, para a criança que eu era na época, o lobo não comia o porquinho quando dava Game Over.

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9º posição - Bank Heist

Este é praticamente um Pac-Man, só que mais legal, já que eu nunca gostei muito do Pac-Man do ATARI. Você é um criminoso e seu objetivo é assaltar bancos. Toda a ação se passa dentro do labirinto, e logo que você faz o primeiro assalto, surge a primeira viatura em perseguição. Cada labirinto tem três bancos, o que significa três viaturas te buscando e cercando impiedosamente. Sua única chance contra os tiras eram as bombas que você podia soltar no chão para explodir as viaturas quando elas passassem, mas elas gastavam muito combustível, e até hoje eu nunca descobri se tem como reabastecer o combustível nesse jogo. Quase um GTA, hein?

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8º posição - Enduro

É quase desnecessário falar desse jogo. Acelerar insanamente e ouvir o som dos carros passando por você era das experiências mais agradáveis no ATARI. Bater e ouvir aquele som de suspense enquanto você via trinta carros passarem por você era, entretanto, uma das mais frustrantes, e à noite, com a neblina que limitava a visão e só permitia ver os "olhinhos" dos veículos dos seus oponentes, reduzir era obrigatório. Com paciência e habilidade, vinha o belo amanhecer. Tudo isso para iniciar outro dia e começar tudo de novo, mas quem disse que era ruim?

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7º posição - Space Invaders

Não era a melhor versão do jogo, mas era a única que eu conhecia. Ainda acho que o canhão que você usava pra atirar nos invasores é, na verdade, um general de chapéu de aba. Os aliens marchavam impiedosamente, rumo à conquista completa, sempre mais rápidos, sempre mais cruéis. Até que, mais cedo ou mais tarde, eles conseguiam te pegar, o general soltava um pum e era Game Over.

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6º posição - Superman

O Homem de Aço! Bem quadradão e cheio de cantos vivos, mas é ele! Os gráficos eram toscos, até mesmo para um ATARI, mas era o Super-Homem! E tinha até história: um grupo de marginais destruiu a ponte da cidade e está fazendo a maior arruaça. Entre na sua cabine telefônica e dê uma lição neles! Dava pra voar livremente, e mesmo que você subisse e saísse do limite da tela, dava em outro cenário com chão. Esse foi, acredito eu, o único jogo que eu consegui terminar no console. Bastava prender todos os criminosos soltos na cadeia e reconstruir a ponte, coletando todos os pedaços espalhados pela cidade. Só tinha que ter cuidado com a kriptonita, que te impossibilitava de voar, mas bastava tocar na Lois que o efeito passava, e eu gostava de levar ela pra passear (se é que vocês me entendem).

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Deixarei os melhores pro final. Até lá.

Continua >>

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