terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eu sou a lenda

Mais um fim de semana, e eis que resolvo ir ao Iguatemi conferir algum filme do qual tenha ouvido falar (bem), por dois motivos básicos: primeiro, pra tirar minhas próprias conclusões sobre a película; e segundo, porquê não tinha nada melhor pra fazer mesmo. Como eu tinha ouvido falar (bem) de "Eu Sou a Lenda", que estreou na última sexta, resolvi dar uma olhada. Inicialmente eu ia ver "Meu Nome não é Johnny", mas... confesso: o poder de Hollywood foi mais forte.

Já assistiu "O Náufrago"? Ok. Tira o Tom Hanks e põe o Will Smith no lugar. Agora troca a ilha por uma Nova York totalmente deserta, sem uma alma viva até onde a vista alcança. Conseguiu? A grosso modo, isto é "Eu Sou a Lenda", o que não quer dizer que o filme seja uma cópia. Longe disso. Eu fiz essa comparação tosca só pra ilustrar o que o filme me fez lembrar enquanto o assistia. Tem até um substituto pro Sr. Wilson! No fim, porém, temos uma boa obra, com identidade própria e um enredo bem-amarrado, como tentarei mostrar a seguir. Eu não farei spoilers. No máximo, contarei alguma coisa básica do que pode ser visto no trailer, e só.

A história toda se baseia num vírus que dizimou todos os seres humanos da face da Terra. Todos, com exceção de um homem: o doutor Robert Neville, que por algum motivo sobreviveu e possui imunidade ao vírus. Aliás, "dizimar" não é bem a palavra correta. Alguns sobreviveram, mas sofreram mutações e tornaram-se criaturas irracionais e com instintos selvagens. Pode parecer um roteiro forçado para render boas cenas de ação (e alguns milhões de bilheteria), mas não o é. Os pontos aparentemente absurdos possuem boas explicações científicas (e não tão distantes da realidade), mas não vou entrar em detalhes porquê, aí sim, eu estaria spoilando. Na verdade, o filme fica muito mais no suspense do que na ação, o que não é exatamente ruim. As cenas de ação então, quando chegam, prendem e empolgam, especialmente na telona.

O cenário pós-apocalíptico criado em volta da (extinta) civilização moderna serve de pano de fundo para um filme que consegue ser dramático, tenso e emocionante, tudo no seu devido tempo e sem deixá-lo entediado em nenhum momento. Também nos faz parar pra pensar nos avanços exagerados da ciência, especialmente na área da genética, e quais poderiam ser as consequências destes avanços quando feitos sem medir seus devidos riscos. Ao ouvir a expressão "Meu Deus", o Dr. Robert Neville responde, com grande ênfase: "Não foi ele quem fez isso. Fomos nós".


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Ah, sim! Assistam "Meu nome não é Johnny". É um bom filme, apesar de eu ainda não ter visto. Vale a pena (ou não).

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