sexta-feira, 20 de julho de 2007

A febre do videogame

Há algum tempo eu falei aqui sobre um documentário recente do Discovery Channel chamado "A Era do Videogame" (quem ainda não viu ainda pode conferir na barra lateral na seção de destaques). Este, apesar de não ser nada recente (exibido em 1991 no Globo Repórter), merece ser mencionado simplesmente pelo fato de reunir tão grande número de deslizes e tosquices num único lugar. Acho que eu nunca vi alguém falar de games de maneira tão leiga na minha vida, mas valeu algumas risadas. Compartilho com vocês os links para os vídeos no YouTube, devidamente comentados. Confiram:

>> Parte 1 - Escândalo do deputado: Direto de Rondônia, informações sobre o envolvimento do deputado federal envolvido com o tráfego de drogas.

>> Parte 2 - A vida é formada de quadradinhos: Foi dada a largada! De antemão, anotem esse nome: Neide Duarte. Ela será nossa anfitriã no mundo dos videogames. Na altura dos 1 min e 15 seg ela utiliza 80% do orçamento disponível para a reportagem em um efeito especial digno de um episódio do Chapolim Colorado. Algumas cenas de Super Mario Bros 3 e uma bela descrição do personagem: "Nesse mundo vive um sujeito bigodudo, barrigudinho, que anda sempre enfezado, quebrando tudo". Isso sem contar, claro, que ela o chama de BOMBEIRO italiano. Eu realmente nunca enxerguei o Mario por esse ângulo. Agora, parando pra pensar, ele tem fortes tendências psicopatas...

Agora, aos dois minutos e cinqüenta, vemos garotos a brincar e meninas que trancam suas irmãs no banheiro. Depois, Double Dragon, mais Mario e uma pérola: Sonic, o gato herói! Pra variar, a psicóloga fala que os games são anti-sociais. Na seqüência, nossa apresentadora faz um belo monólogo enquanto testa a luva do Nintendo 8-bits em Robocop.

Lá pelos 6 minutos, um garoto dá umas dicas de Castle of Illusion do Mega Drive, as quais envolvem suicídio premeditado. Nossa repórter explora este ponto com especial atenção, não deixando de mencionar os perigos de se entrar na garrafa de leite. Em seguida, é narrada a epopéia dos irmãos que derrotaram, numa batalha feroz, o maldito dinossauro do jogo dos Simpsons. Mais um belo monólogo e uma linda frase: "A vida é formada de quadradinhos".

>> Parte 3 - Só uma pecinha: Já de início, dá pra ver uma cena tosquíssima de um Robocop e uma Tartaruga Ninja no meio de uma multidão, caminhando tranqüilos e despreocupados. Como se isso ainda não bastasse, você ainda dá de cara com um bigode enorme no que seria um Mario com um suspensório só. Na seqüência, nossa querida apresentadora desmonta um cartucho inocente de Master System e admira-se de encontrar "apenas uma pecinha". E o que ela esperava? Que o Michael Jackson pulasse pra fora da caixa e fizesse um moonwalker pela sala???

Depois temos algumas cenas do filme Tron, da Disney. Nada demais por enquanto. Lá pelos dois minutos e treze vemos um pobre garoto num dos acessórios mais bizarros do Nintendo 8-bits: um tapete para um jogo de atletismo. A pobre criança parece até uma loira do tchan, se requebrando todo para correr o mais rápido possível. Depois vem o pior: um capacete com reconhecimento de voz! Dispenso comentários. Não vou nem falar da luva.

Aos 3 minutos alguém me solta que Super Mario World é tridimensional! Fiquei abalado. Nossa apresentadora se despede e um repórter bem mais inteligente assume a matéria. De agora em diante a coisa melhora muito e o assunto entra no mercado em si, em especial no Japão. O incentivo por lá é alto e é um mercado muito mais visível do que é aqui no Brasil, o que se pode ver até mesmo nessa reportagem tão antiga.

Fala-se de algumas engenhocas japonesas e depois passamos aos Estados Unidos. Após mencionar F-Zero, encerramos com um jogo tosquérrimo de uma versão genérica de Indiana Jones, totalmente holográfica. Inovador, com certeza, mas ainda assim tosco!

>> Parte 4 - Passar pelas guilhotinas parece fácil: Nada de muito ruim a comentar nesta parte. Fala-se basicamente de jogos de PC, ou melhor, dois deles: PAC-Man e Prince of Persia. Destaque para a última imagem, onde o príncipe testa o quão afiada é a guilhotina e vira patê de tomate no chão.

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Aparentemente a reportagem está incompleta, mas como não achei o restante, fico por aqui. Acredito eu que tenha sido melhor assim.

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