segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Final de semana... dolorido


Segunda-feira. Se eu tivesse que definir meu estado neste momento com uma palavra, ela seria: moído. Isso porquê eu estive ontem no Beach Park, aqui em Fortaleza. É, o pessoal do trabalho organizou uma excursão e fizemos um pacote empresa. E lá estava eu.

Pois é pessoal, quem conhece o local sabe que a maior atração são os toboáguas dementes e sem noção que existem alí. Eu sinceramente não sou grande fã de fortes emoções deste tipo, principalmente se você tem a incrível sensação de que vai morrer. Mas, pra não ficar de fora, resolvi encarar aquilo com a cara e a coragem, já que o resto me falta.

Pois bem, vamos lá. Já no primeiro brinquedo eu entrei num puta túnel que ficou escuro de uma hora pra outra e caiu vertiginosamente. Depois de um momento rápido de total desorientação, eu saí do outro lado e cai numa piscina de, pelo menos, dois metros. O detalhe é que dois metros é uma medida mais alta que a minha, que é mais ou menos 1,81m. Isso não seria problema, não fosse o agravante de eu NÃO SABER NADAR!!! Claro que foi um descuido meu cair numa piscina profunda sem saber nadar, mas eu lá sabia que aquela birosca era profunda?!? Felizmente, o salva-vidas foi eficiente e agiu com a agilidade e perícia necessárias ao seu ofício. Parabéns, salva-vidas do Beach Park!!!

Passado este primeiro susto, mas ainda não recuperado do trauma inicial, recebi algumas aulas de natação rápidas que me permitiriam sobreviver naquele habitat selvagem e perigoso. Levei algum tempo até tentar entrar em qualquer outra coisa, mas acabei indo em vários brinquedos ainda (agora, sempre observando a profundidade das piscinas onde eu iria cair).

O indivíduo na foto acima é o toboágua mais predador do parque, acho eu. Seu nome: Insano. A porcaria tem a altura de um prédio de 11 andares. Muitos já desistiram perante ele e não ousaram enfrentá-lo. Querem saber? Não os culpo. Se você for parar pra pensar e ponderar todas as questões envolvidas, não vale realmente a pena subir nesta criatura devoradora de sanidade alheia. Você pode sobreviver o resto da sua vida sem nunca ter descido em algo desse tipo.

Mas eu estava lá. E eu não estava só. Havia um colega meu logo ali, e se eu não descesse, já viu: "Ah, o Marcelo amarelou lá em cima e não desceu. Ui, ui, a bichinha ficou com medo, uau!". Eu não permitiria tal chacota para com a integridade da minha pessoa. Eu tinha que ir! E não adiantava ponderar todas as questões envolvidas naquela hora, pois senão certamente eu desistiria.

-Você vai mesmo?
-Eu não só vou, como vou primeiro que você. Sai daí!

E lá fui eu. Braços cruzados sobre o peito, pernas cruzadas e cabeça no queixo, tipo "A Múmia". Bem que já podiam pôr um caixão pra me receber lá embaixo. E eu desci.

Tá, eu não gritei. Muito. A queda chega a ser tão vertiginosa que meu corpo descolou do tobogã e ficou em queda livre por alguns instantes. É nessa hora que você fecha os olhos e apenas pede a Deus que aquilo acabe logo...

Lá embaixo eu agradeci aos céus por aquilo ter acabado rápido. E com razão, pois eu duvido que qualquer ser humano suporte tamanha emoção por um período maior. Correria o risco de já chegar lá embaixo sem a alma. A piscina onde caí tinha 1,70m. Pra mim, água no pescoço. O quê? Achou que eu ia fazer a mesma merda duas vezes??? Ô, posso ser meio bobinho, mas otário não, né?

E assim foi. Desci em vários outros toboáguas ainda, e ainda mais duas vezes desci por aquela monstruosidade devoradora de sanidade alheia. Tanta velocidade resultou em pancadas por todo o corpo, especialmente costas e pescoço. E voltamos a palavra que me define agora: moído.

Outra dessas só no ano que vem, e aí quem sabe eu já saiba nadar e possa dispensar os serviços dos eficientes salva-vidas do Beach-Park.

Até a próxima!

Um comentário:

Anônimo disse...

ler todo o blog, muito bom